Wednesday, March 16, 2005

Da razoabilidade

Da razoabilidade à vertigem de morte vai um passo. Um só passo.
O eco da palavra razoável é assustadoramente mortal. No dia em que esta palavra saiu da minha boca mais do que uma vez no mesmo dia, sabia que tinha envelhecido. Já nada tem o seu próprio valor, sem ter que ser pesado, medido, tido em consideração face aos seus prós e contras, o seu valor de mercado, a sua relação qualidade-preço, a sua vantagem competitiva.
A impulsividade é genuína. O equilíbrio advém de uma racionalidade inconcebível. A racionalidade dói e sempre magoará um impulsivo. A um instintivo, tirarem o prazer de um acto inconsequente soa a compromisso intolerável.
O mundo dos adultos prostitui. Mata o que há de genuíno. Preferiria, five by five, a vertigem da emoção à ausência desta. No fundo, um «campeonato de jogar dados no próprio peito».

fiona bacana

4 comments:

Anonymous said...

A vertigem da fuga, ou na fuga.

Impulsos Públicos said...

sejas bem vindo, carlos! pessoas como tu fazem sp falta...para responder à tua pergunta: sempre em fuga, sempre na fuga.
fiona bacana

Impulsos Públicos said...

ah, e só + 1 coisa: o teu miúdo está enorme!!! :)
bxz,
fiona bacana

Alexandre said...

Quem sente o impulso, e lhe consegue resistir...ou melhor quem nem sequer chega a sentir o impulso, e se dá conta que já fez o inconsquente....não cresce.