Vesti-me de sombra,
vesti-me de água,
vesti-me de madrugada, de madrugada evaporada.
vesti-me de nevoeiro,
vesti-me do frio das ruas,
vesti-me do cigarro encorporado, fumo da cor das núvens.
Vesti tudo o que vi só para me proteger do frio, do frio que tu podes trazer.
E vesti tudo o que vi e pude apanhar, só para evitar o mal que me podes fazer.
Porque hoje, finalmente, as minhas pernas tremeram. E o meu estômago embrulhou-se. E senti a tua mão e não foi como antes. E talvez seja de hoje, do dia de nevoeiro, do sol entreaberto e dos trovões, das núvens e do "beijo daqueles que sabem a maresia e levam a aragem do mar". Mas só por isso, só por ser hoje, vesti-me assim só para tu me despires. Despires da sombra, do nevoeiro.
Hoje por hoje. Sem saber que hoje será amanhã.
by fiona bacana
Wednesday, October 12, 2005
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