A nomeação do Cardeal Ratzinger como o novo Papa só confirma que o Papa Bento XVI será um Papa de transição. Menos mal. Ao menos dura pouco tempo.
Foi uma oportunidade perdida de capitalizar o trabalho e carisma de João Paulo II. Não a nível teológico, mas a nível político. Foi uma oportunidade perdida de adaptar a Igreja Católica aos novos tempos. Ratzinger é um 'ultra-conservador'. Não sei como será como político, como será ou se será sequer capaz até de continuar o diálogo inter-religioso tão bem dinamizado por João Paulo II.
Como é que eu posso olhar para Ratzinger se, para mim, João Paulo II era semi-progressista?
Esperar que não seja verdade o que dizem.
Que Ratzinger não seja 'o inquisidor dos tempos modernos'.
Que não seja verdade que, 'na actual Igreja Católica ninguém pode ser considerado mais polémico que Joseph Ratzinger pelas suas posições intransigentes sobre a investigação teológica, a homossexualidade, o aborto e o diálogo inter--religioso'.
Que não seja verdade que, 'vendo o fascismo em acção, o Ratzinger de hoje acredita que o melhor antídoto para o totalitarismo político é o totalitarismo eclesiástico'.
Que não seja verdade, QUE NÃO SEJA VERDADE, que Ratzinger 'acredita que se deve negar a comunhão a quem defende o aborto, conselho que não hesitou em enviar, por carta, ao cardeal Theodore McCarrick, de Washington'.
Que não seja verdade 'que o Vaticano enviou uma carta assinada por Ratzinger, reforçando que o documento "Crimine solicitationes", de 1962, deveria continuar a ser aplicado. Este documento, da autoria de João XXIII, dá instruções aos bispos católicos de todo o mundo para «encobrir» casos de abuso sexual, porque se não o fizerem correm o risco de serem expulsos da Igreja. '
by sherley bacana
excertos de reportagem sobre o Cardeal Ratzinger in 'A Capital'
Wednesday, April 20, 2005
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