Tuesday, July 26, 2005

De quando a verdade dói

«Um riso à beira de lágrimas. Foste sempre assim».

Quando me entregaram um livro com esta dedicatória, demorei a perceber. Eu, a destinatária? EU?!

Até que percebi. Há gente que verá sempre mais longe do que nós poderemos, eventualmente, desejar. Há gente que analisará sempre aquilo que colocamos em parêntises, consciente ou inconscientemente. Há gente que perceberá sempre quando estou a desconversar. Há gente que terá sempre a coragem de me questionar, com mais ou menos reacção da minha parte (o "mas isso é pergunta que se faça a uma amiga?!", entre sorrisos escaldados, é só um dos exemplos de retórica armada ao estilístico).

E, tão grata estou eu por ter estas pessoas na minha vida. Por conseguirem ver-me neste nevoeiro. Por serem capazes de me confrontarem, quando o mais aconselhável seria não o fazerem (a tirada do stôr, então, é um clássico: "não te esqueças que quando te espetares, não vais sozinha - não sei se tens esse direito").

Obrigada, obrigada, obrigada. E desculpem, desculpem, desculpem.

by fiona bacana

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