Thursday, June 30, 2005

Frase do dia

«Let´s get retarded in here coz michael jackson também se armou em peter pan e ninguém teve coragem de o mandar para a choça»

(patrocínio madame paulina)

by fiona bacana

Wednesday, June 29, 2005

Momentos...doces momentos....

Doces momentos...de pura cumplicidade e ternura. De apaziguamento e calma. De toque e olhares. De sabores doces da pele de uma mulher,...de um sonho! Há quadros pintados que retratam estes momentos, mas são poucas as músicas que genuinamente conseguem fazer-nos ver com nitidez toda essa intensidade. "If you wear that Velvet Dress" dos U2, entre os seus 2.30 minutos e os 3.18 minutos bem me fazem transportar para esses vôos. Sonho, talvez a ti também. Tenta! Põe-me nesses momentos. Tão Doces. Tão teus, tão meus...


By: Sean Bacana




"(So you feel okay?)


(Are you sure it's okay?)


('Cause I want some more)"

E, de repente, percebi (patrocínio da CP)

«Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Não é fazer de conta, eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Quando queremos nós ter um sorriso maior »

A casa (vem fazer de conta)
Da Weasel com Manel Cruz

E, assim, de repente, percebi. Exploro o assomo de clareza para assumir que custa-me, assim, desta forma dilacerante, de golpe em golpe, perder-te desta forma, porque me sinto a perder-me também. Não sei o que é meu, não sei o que é teu. Daí que já não sei o que levar. Não sei onde termino em ti, não sei onde começas tu em mim. Sei só que a única saída é matar o que há de ti em mim. Mas o problema é: o que resta de mim após o fazer?

by fiona bacana

For PLO, with luv (Da Educação Sexual nas escolas)

A Conferência Episcopal veio a terreiro insurgir-se contra o novo programa de Educação Sexual nas escolas, afirmando que "decorre para a família o direito de cooperar no planeamento da educação da sexualidade, contribuir para a definição de objectivos e selecção de estratégias, acompanhar o processo de tomadas de decisão, incluindo a selecção e a formação dos professores".

(e, pergunto eu, que selecção de estratégias? A estratégia 'eu digo à minha mãe que vou dormir a casa da joana'? E, pergunto eu, que critérios na selecção e formação dos professores? Se são católicos ou não? Praticantes ou não? Se têm uma vida sexual à base de 'missionário'? Se tomam a pílula ou não?)

Para António Avelãs, da Fenprof, a tomada de posição da CE corresponde a uma atitude de "meter a cabeça na areia. Essa mesma lógica de entender que a educação sexual é do campo exclusivo dos pais - quando eles muitas vezes não se sentem preparados para isso - resulta em que Portugal tenha uma das maiores taxas de gravidez e de abortos na adolescência", acusou. "À escola não compete substituir os pais, mas também não compete alienar-se dos problemas", frisou.

Depois de, nos últimos tempos, terem feito o papel dos maus da fita, a FENPROF toma uma atitude contrária a uma das instituições mais poderosas em Portugal. É de gabar a coragem! Não quer dizer que considere que os pais sejam alheios ao processo, mas se há de facto pais que têm a capacidade de educar sexualmente/para os afectos os seus filhos (direito e dever!), também há crianças e adolescentes que, se não for a escola, ficam à mercê da ignorância e mutismo social que grassam pelo país fora....com as consequências que se sabem...

by fiona bacana

Tuesday, June 28, 2005

Bem vindos!

«Estou num excitamento completo ... agora é a doer ... as nossas amigas a serem mães ... ai!!!»

Pronto, já era hora. Para ser franca, nem sei como ainda não fiz 1 post sobre isto (vá, todos em coro: 'freud explica, mas agora não temos tempo!').

Sejas bem-vindo, henrique. (gui & renato)
Sejas bem-vindo, miguel. (gui & renato)
Sejas bem-vinda, ariana (catarina & vasco)
Sejas bem-vindo, francisco. (inês & fernando)
Sejas bem-vindo, gil. (sara & ricardo)
Sejas bem vinda, carolina. (joana & ...)

Sejam bem-vindos a esta coisa enigmática chamada vida. Prene de tarefas ciclópicas, estrondosas, aparentemente insignificantes, que vos deixam de joelhos num minuto para, no minuto seguinte (pronto, ok, um minuto pode ser pouco...) vos fazer levantar as pernas e gritar, gritar!, como se não houvesse limite para o que sentem - o bom e o mau.

by fiona bacana

«This indian summer I signed my life away» (Pensamento...da noite)

Que bom é poder ver, tocar e sofrer chuva de verão. Que bom é estar viva para sentir o corte das gotas de água da chuva fria no meu corpo. Que bom é passar a mão pelo rosto e ver que não são lágrimas. Que bom é sentir o momento a cristalizar-se. Que bom é sentir que, assim como a chuva surge inesperada numa noite de Verão, também o sol pode irromper no mais cruel dos invernos...da alma, do coração, do corpo.

by fiona bacana

Monday, June 27, 2005

30.jun.05, na mui nobre e sempre leal Invicta

Workshop 'Laboratório de Som' - Casa da Música

Consiste num laboratório de experimentação com um conjunto de mecanismos que permitem a materialização e visualização de ondas sonoars, levando os participantes a compreender a fisicalidade dos diferentes sons. Um conjunto de exercícios que instiga à exploração das diferentes sonoridades próprias de cada estado emocional e que se traduzem em diferentes intensidades e gradações. Estados de alegria, fúria, ternura, surpresa, espanto, inquietação ou tristeza produzem distintas vibrações no corpo e no espaço, tornando-se evidente na água, na areia ou num ecrã de computador. O objectivo é, sobretudo, sublinhar a vivência dos sons através da experimentação prática.

Sala 5 - 1€!

by fiona bacana

Menos um rasgo de lucidez

Menos um rasgo de lucidez quando os impulsos se tornam públicos. Os batimentos no teclado são inaudíveis quando mergulhados no interior, que se exterioriza em catadupa. As letras se soltam, as frases se formam, o peito alivia. Por momentos.
Também este mundo é formado por pequenas ilhas num gigantesco oceano inter redes. É como Johnny Castaway e a sua música "Message in a Bottle" de Sting. One Comment, one Bottle.
Não se inganem os que pensam que estamos alheios ao Mundo à nossa volta. É apenas neste espaço onde há lugar à abstracção. Às vezes estamos demasiado lúcidos para pensar em seja o que for... às vezes acho que é a lucidez que nos mata.

By: JBL

Da teoria da cama hiperlotada

Vi no diário deliciosamente prene de estrogénios (www.theestrogendiares.blogspot.com) a teoria da cama hiperlotada ('Esta Cama não é suficientemente grande para nós todos'). Da minha leitura, necessariamente enviezada, concluo: para uma relação, seja ela de que índole for, levamos toda a nossa história. Levamos pequenas e grandes coisas, vertigens de emoções passadas (e, às vezes, ainda tão presentes) e cicatrizes. Existem aquelas pequenas grandes coisas que deixam o outro incomodado e nós simplesmente não conseguimos explicar porque o fazemos.

(seria aqui que apareceria um correr de letras no portátil da carrie bradshaw e escrever-se-ia: afinal quanto de nós presente e de nós passado(s) é que levamos para uma relação? Não será a honestidade hipervalorizada?)

Pois bem. Julgo ter aprendido (ou então não, ou então não) que há coisas que não se dizem. Não falo, exclusivamente, de infidelidade (or whatever that is, ha, gui?!). Falo daquelas coisas de namorados passados, experiências passadas. Afinal de contas, se vamos para uma nova relação, ou uma relação que se quer nova, porquê entrar na onda do revivalismo?

Lembro-me, então, do caso de psicoterapia conjugal em que o marido insistiu em contar à mulher que sonhava com outras mulheres (ainda por cima sem cara definida!). Não, não e não!That's a psychology don't!

E, logo a seguir, lembro-me de Oscar Wilde: «A little sincerity is a dangerous thing, and a great deal of it is absolutely fatal. »

Bem sei que isto colide com tudo o que nos disseram, nos ensinaram e que os mass media nos incutem. Mas...

by fiona bacana

Sunday, June 26, 2005

Mais um link imperdível...

Se é arte que procuram, aqui está algo que vos vai encher a alma... :)

http://mbp1150.free.fr/mbp/niveau-2/archives/sandAnimation.wmv


By: Sean B.

...era só o que faltava !!!!

Veajm como é intreessnate nsoso céerbro:
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra
em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne
é que a piremria e utmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe
ser uma bçguana ttaol que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é
poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Sohw de bloa!
Enetdeu?


By: Sean Legal

Saturday, June 25, 2005

A year ago

«Time here,all but means nothing,
just shadows that move across the wall
They keep me company, but they don't ask of me
they don't say nothing at all.

And I need just a little more silence
And I need just a little more time
But you send your thieves to me
silently stalking me
Dragging me into your wall

Would you give me no choice in this?
I know you can't resist, trying to reopen a sore
Leave me be, I don't want to argue
I'd just get confused and I'd come all undone

If I agree, well, it's just to appease you
Cause I don't remember what we're fighting for

You see love-- a tight, thorny thread that you spin in a circle of gold
You have me to hold me
a token for all to see
captured to be yours alone

And I need just a little more silence,and I just need a little more time...


The courage to pull away
there will be hell to pay
the deeper you cut to the bone»

Sarah McLachlan in 'Time'

by fiona bacana

Thursday, June 23, 2005

Efeito Reciclagem - Efeito Borboleta

Vai decorrer, no próximo dia 2 de Julho, na Estação Velha de Guimarães, um evento denominado Efeito Reciclagem.

Este evento é promovido pela Associação Efeito Borboleta, que visa «gerar utilidade social, arquitectando com base na emoção espaços culturais capazes de regenerar a abordagem sócio-artística do Homem».

Mais: «o horizonte cidade como palco da nossa relação, resulta naturalmente por esta ser o verdadeiro casulo de Efeito Borboleta. Neste contexto de crispações, confrontos, mas igualmente de encontro sentimental e construção colectiva, importa-nos o cruzamento disciplinar das artes tecnológicas, os desportos de rua, e toda uma diversidade de actividades sociabilizantes, como veículos para uma superação do quotidiano.»

Trata-se de uma intervenção faseada, e o primeiro passo é este Efeito Reciclagem, que «anuncia a relatividade dos conceitos velho, novo, obsoleto, útil. Inspirando-se na temática da reciclagem e enfatizando a sua face menos mediática, propomos um conjunto de actividades integradas, passando pela recolha de material tecnológico, exposição de artigos reciclados, cine-informação, estando todas elas sustentadas pelo potencial pedagógico das artes digitais.»

«O evento é constituído por duas partes. A primeira parte desenrola-se durante a tarde e é composta pela exposição de peças de arte recicladas, projecções multimédia, recolha de material informático para reconversão e troca de adereços urbanos (CDs, roupa, jogos digitais). Preenche-se assim a funcionalidade específica deste capítulo: transmitir conhecimento e demonstrar interactivamente as potencialidades da reutilização.

A segunda parte decorre à noite e, a sua função predominantemente lúdica configura-se pelo impulso das artes audiovisuais (Música electrónica de vanguarda e VJing). A eminente apetência sensorial destas, é passível de criar um contexto sociabilizante, veiculador de emoções positivas em torno da reciclagem.»

Pronto, em síntese, é isto: 2 de Julho, de tarde e/ou noite, Estação Velha de Guimarães. Estou certa de que será...transformador, regenerador, deliciosamente quase-entrópico e, por consequência, complexificador da realidade que nos rodeia.

Para mais informações, vejam o site: www.efeitob.pt.vu.

by fiona bacana

Wednesday, June 22, 2005

Música do dia (ou Deixa-te de m****s!)

«Não posso ser só eu a dar sentido à razão
Vais ter que vir tu e arrancar-me a escuridão
É que às vezes quem vence fica sempre a perder
Vamos deixar de usar armas no que queremos ser.

Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós - sem mais Contos de embalar.

Não podes ser só tu a dar sentido ao buraco
Se não te queres lembrar do que sentiste no fundo
Agora tens que vir tu saciar-me os segredos
Porque é fácil de mais o que me queres vender.

Mas tens que escrever quem vês em mim
Vais ter que contar quanto dás por nós - sem mais Contos de embalar.

Vais ter que despir o que tenho a mais
Por ver sempre tudo a desconstruir
Por cima da raiz que nunca sai,
que volta a crescer por não parar,
que volta a crescer por ser maior - voltou a crescer sem avisar!

...sem mais Contos de embalar. »

Toranja 'Contos'

by fiona bacana

Tuesday, June 21, 2005

Imagem do dia


A primeira vez que chorei por ver um cenario tao impactante, sensorialmente desvastador. Sentei-me e chorei por estar viva e poder ver ISTO....
by fiona bacana

Frase do dia (ou continuando imersa na onda nórdica)


I leave solid dreams and loose connections. I leave a promising path, that has promised me self-despise and common recognition. I leave a poor reputation and the promise of an even worse. I leave a few hundred thousand words, some written in rapture, most written in boredom (...). I leave a lousy economy, a wavering stand towards the questions of the day, a better used doubt and a hope of liberation.

Stig Dagerman (1923-1954)
by fiona bacana

Pia Tafdrup

«I used to adapt myself. But mere survival isn't much of a victory, is it? When as a child I had difficulty breathing because of all that security, I used to execute my toy animals. Tied nooses around their necks and let them dangle from the furniture or two hooks in the ceiling where lamps had once hung. Just like Aunt Hannah found Uncle Oscar hanging from a rope behind a wardrobe he had pushed out from the wall in their bedroom. Ivan pulled whiskers and tactile hairs from Sinus's eyes. With tweezers.

We had to work off our aggression, do something we knew that no one could stand. I hated it when my big brother mistreated Sinus, for Sinus was my cat, and he probably felt revulsion at the sight of those dangling animals and dolls that met his gaze when he entered my room.

Instinctively we had to suck in oxygen in order to put up any resistance. It was a joy connected with freeing ourselves by recklessly protesting. It was the only way we could change ourselves.I get right to the top. Am aware of my own breathing, as I look out across the garden. Take a deep breath. Inhale the air again and again. Rub a tear away from the corner of my eye with the back of my hand and see the wide sky, clear and transparent. Lean forward along the top plank, it's frayed with age. For many years the garden was the quintessence of safety. Toss my hair aside. From here, the garden looks like an abyss. Swing one leg over to the other side. Risk is the only survival. See in a flash two separate worlds become one living one. Find a way out. Find a way in. Look for a foothold…»

Pia Tafdrup in 'Hengivelsen'

by fiona bacana

ps: ben, tinhas razão!

De Sarte - do 'amor necessário' e 'amor contingente'

Comemora-se, hoje, o nascimento de Jean Paul Sartre.

Para quem não sabe, Sartre recusou o Prémio Nobel da Literatura por recusar o reconhecimento da sociedade que espancou em cada palavra de cada livro.

Mas não é sobre a política, a filosofia e os ensaios de Sartre que hoje, vos falo.

É sobre a prova que JP Sarte e Simone de Beauvoir deixam sobre o amor romântico:

«As 400 páginas de entrevistas, além de deixarem "ouvir a voz viva" de Sartre, como visa a autora, tornam-nos testemunhas do que terá sido o diálogo, de viva voz e em centenas de cartas, mantido durante meio século de aliança antimatrimonial e intelectual, por este magnífico par de cúmplices que se deu em exemplo de relação aberta, ideal para duas ou três gerações ocidentais, à parte redutos falocráticos como a Ibéria (depois veio a sida impor recuos comportamentais escudados em moralismo).
(...)
Cedo também se lhe revelou incompatível com a monogamia do modelo dominante, estabelecendo ambos um pacto de inteligência, solidariedade e liberdade, de "fidelidade relativa", incluindo experiência amorosa individual de "amores contingentes", paralelos ao seu "amor necessário", que deu para partilhar ideias, gostos, causas, projectos, viagens, amigos, amantes.
(...)
Embora autora da pedra angular do feminismo moderno que foi O Segundo Sexo e duma obra que, na ficção, o Goncourt premiou (Os Mandarins, 1954), a escritora reputaria a vida com Sartre como a sua "obra mais conseguida". »

in Diário de Notícias

'Amor necessário' e 'amores contingentes'. Certo. I'll keep that in mind.

by fiona bacana

Monday, June 20, 2005

Da minha matilha

«Dear Mr. Vernon:

We accept the fact that we had to sacrifice a whole Saturday in detention for whatever it is we did wrong, but we think you're crazy for making us write an essay telling you who we think we are. You see us as you want to see us: in the simplest terms, in the most convenient definitions. But what we found out is that each one of us is a brain, and an athlete, and a basket case, a princess, and a criminal. Does that answer your question?

Sincerely yours, The Breakfast Club.»

by fiona bacana

Buah, buah (oh mãe olha ele!)

A FENPROF acusou hoje o Ministério da Educação de ter humilhado os professores, esta manhã, na Região Centro.Os docentes foram chamados para dar assistência nos exames do 9º e 12º anos.
Segundo Paulo Sucena, da FENPROF, muitos professores tinham optado pela greve, mas sentiram-se forçados a comparecer ao trabalho.«A coacção que o ministério fez é uma coisa extraordinariamente ilegítima, sendo a última grande humilhação que causou aos professores», disse.
Apesar desta situação, o sindicalista considerou que a greve foi sucesso, recusando que o Executivo faça qualquer ligação entre o que se passou nos exames e um possível fracasso. «Se o ministério está a dizer que praticamente não houve greve, que apenas 120 alunos é que foram afectados, isso é uma monstruosa mentira», sublinhou.

in tsf.pt

Olhem lá, stôres, e que tal não fazer chantagem em dias de exames nacionais, hein?
Faz-me lembrar os magistrados (coitados, uns miseráveis, ganham pouquíssimo), os pilotos da tap (sim, aquilo é horroroso, só os subsídios de deslocação).

Agora, mais a sério: o direito à greve é legítimo. E o estado da educação é caótico. O sistema de ensino é estrutural de um país.

Mas fazer chantagem em época de exames e ainda vir dizer que são uns coitados porque a Ministra activou o que (ao que parece, eu não sou especialista) está na lei...tsk, tsk.

by fiona bacana

Saturday, June 18, 2005

Sex and the city vs. Desperate housewives

«Geisha - Japanese girl trained to entertain men with conversation, dancing or singing.»

in Oxford Advanced Learner's Dictionary

Pois. Hmmmmm (encorajamentos mínimos dão sempre jeito...), qual será a diferença entre as geishas e a maior parte de nós?

Pois.

Se calhar à parte do pó branco, há ... bom, há....e....pois.

Pois deve haver.

by fiona bacana

Partir, andar (quando a fobia de cá estar aperta)

«Apanhei o barco da ilusão e reforçei a minha fé de marinheiro
Era longo o meu sonho e traiçoeiro o mar...
(Só nos é concedida esta vida que disfrutamos
E é nela que é preciso procurar o mítico paraíso que perdemos)

Prestes, larguei a vela e disse adeus ao cais,
à paz tolhida,
desmedida,
a revolta imensidão transforma dia a dia a embarcação
numa amante e alada sepultura
mas corto as andas sem desarrumar
Em qualquer viagem, o que importa é partir, não é chegar.»

Miguel Torga

by fiona bacana

Thursday, June 16, 2005

Liquid Generation Rulezzzz

Já com algum andamento..mas não posso deixar de recomendar este site aos nosso usuários!

www.liquidgeneration.com

Deixem os vossos comentários aqui, sobre este site!

By. Sean Bacana

Lúcia Moniz - "Chuva"

Muita atenção a esta nova canção da Lúcia Moniz - "Chuva"

E agora diz-me se já decidiste
O tempo voa e a tua imagem ainda persiste
Ainda sinto a nossa chuva mágica a cair
Tens o tempo de um cigarro se ainda quiseres partir

É como andar no deserto,
Sempre tão longe e tão perto
Olho à minha volta,
o mundo é tao incerto

Quero-te dizer que não vai dar
Quero só saber se vens ou queres ficar

Eu sei que não vou partir sozinha
Sinto o vento, sinto a estrada, sinto o fim da linha.
Tudo passa, voa como folhas de jornal
Meia volta, pára como um carro no sinal.

É como andar no deserto,
Sempre tão longe e tão perto
Olha à tua volta,
o mundo é tao incerto

Quero-te dizer que não vai dar
Quero só saber se vens ou queres ficar


By: S. Legal

Hoje, no hemi-ciclo da nação...

O arrastão na Praia de Carcavelos, na sexta-feira passada, foi tema de debate acesso, esta quinta-feira, na Assembleia da República.

No período de antes da ordem do dia, o CDS-PP abordou o assunto para sugerir a necessidade de alterar o Código Penal, apresentando algumas propostas como a questão da idade para efeitos de imputabilidade.«Quando o excesso vem do outro lado, quando o excesso seja justificado por quem viola a lei, por quem causa alarde social, nessa mesma esquerda-chique o silêncio é quase sempre regra», disse Nuno Melo para apoiar a vontade do PP para alterar o Código Penal, sustentando que é preciso censurar os criminoso e louvar a polícia.

A intervenção do líder parlamentar do PP deixou o Bloco de Esquerda indignado. A deputada Ana Drago respondeu com acusações aos populares.«A intervenção que o senhor deputado fez nesta câmara é ao jeito e na tradição populista, xenófoba e preconceituosa. Nada de novo no CDS, nada a que o CDS não nos tenha habituado durante estes últimos anos. Só faltou fazer um apelo ou apoiar explicitamente, a manifestação de extrema-direita que vai existir em Portugal a propósito do arrastão. Envergonha esta câmara, envergonha o estado de direito», disse.

in tsf.pt

É por isso que eu adoro esta mulher, tem-nos no sítio!!!

by fiona bacana

Da transferência e da contra-transferência

«A única diferença ente os psicanalistas e os psicoterapeutas é que, quando nós falamos de transferência estamos a usar a via de levare, para usar a frase que Leonardo da Vinci usou a propósito da arte, enquanto que para a maior parte dos psicoterapeutas que não são analistas, a transferência é a via di porre.
(...)
A pintura, diz Leonardo, trabalha per via di porre, pois deposita sobre a tela incolor partículas coloridas que antes não estavam ali; já a escultura, ao contrário, funciona per via di levare, pois retira da pedra tudo o que encobre a superfície da estátua nela contida. »

Carlos Amaral Dias,
«Modelos de Interpretação em Psicanálise»

Depois da tua sempre pertinente questão, NZ, que me deixou a pensar....

É possível utilizar transferência e contra-transferência sem um enquadramento psicanalítico. Utilizando a figura do psicoterapeuta como 'porto seguro' (já estou tão farta desta expressão...) para a experienciação nos contextos sociais de vida, o verdadeiro palco de mudanças, e, em dualismo, desenvolver a criação de novas cores, reformulação de significados e teorias pessoais de funcionamento psicológico; depois, desenvolver estrategicamente a sua autonomia para se tornarem 'independentes' do psicoterapeuta, não estamos a fazer contra-transferência?

E sim, tinha de ser: inclino-me para a via di porre! : )

by fiona bacana

Wednesday, June 15, 2005


a minha pr�xima compra
fiona bacana

Notícia do dia

Fioana Bacana já bebe yogurtes líquidos.

by fiona bacana

Tuesday, June 14, 2005

Frase do dia

«We are most alone when we are with a myth.» (Alexandre, o Grande).

Pois, minhas criaturas, pequenos génios: é mesmo isto.

De que nos interessa mistificar, endeusar, desenhar estrelas douradas quando eles respiram, ver postulados científicos quando eles apenas comentam algo tão corriqueiro?

De que nos interessa pensar nos segundos, terceiros e quartos sentidos do que ele nos disse (até chegar ao feminínissimo sexto sentido), confabulando declarações implícitas de que afinal, afinal!, ele acha mesmo que somos a mulher da vida dele.

O que nos prende a eles, não está neles. Está em nós. Eles distanciam-se, ou gerem muito bem os timmings das aparições (qual Nossa Senhora de Fátima qual quê, essa ao menos falava aos pastorinhos como devia ser e apareceu quando disse que o faria!), porque só assim eliminam a possibilidade de deixarem de ser o rei-sol, serem idiolatrados por cada idiotice que dizem, só porque são eles que o dizem.

Um amor por um mito, não é amor. É auto-flagelação.

by fiona bacana

Fundação Champalimaud

Confesso, não gostava do homem. Rígido, inflexível, foi o primeiro grande empresário a vender património (grande património, leia-se Banco Totta e Açores) aos espanhóis.
Mas, eis que em testamento, ele deixa cerca de 500 milhões de euros para a criação da Fundação Champalimaud, que visa apoiar e desenvolver a investigação científica na área da Saúde em Portugal. Aí pensei: afinal o homem não é parvo de todo.
Menos parvo ainda por, em testamento, ter definido quem seriam os gestores desta Fundação: Leonor Beleza (das poucas que me fariam votar PSD) e Proença de Carvalho.

Pois bem. A Fundação Champalimaud arranca, agora, oficialmente. Para além de empregar investigadores portugueses (e não só), vai, a longo prazo, contribuir para algo em que esta imitação de país é deficitário: investigação com consequências práticas para a qualidade de vida das pessoas, mormente ao nível dos cuidados paliativos.

Torço para que a visão quer da Presidente do Fundo quer dos seus curadores (Almeida Santos, Dias Loureiro, Simone Veil, entre outros) os oriente para a investigação em céluluas estaminais (ver http://impulsospublicos.blogspot.com/2005/04/da-cincia-da-vida-e-da-morte-do-futuro.html).

by fiona bacana

Monday, June 13, 2005

José Fontinhas (Eugénio de Andrade, os poetas são eternos II)

Conheço poucos, apesar de termos todos estudado Eugénio. Este é o meu...
"Retrato Ardente"

by: Sean B.


No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha

2004.December - UK



fiona bacana

They are coming back...GARBAGE, novo album 'Bleed like me' (so...garbage, isn't it?). Thanx, mikos, for the files! The salt forever!
fiona bacana

Episódios da Imortalidade - Parte V

Três e uma da manhã, neblina cerrada. Marca o passo pelas linhas do passeio, verifica, pela enésima vez, em que bolso está o telemóvel. Depois, as chaves de casa. A questão é: para que casa ir?

Entra no táxi e murmura uma direcção, perante o ar incerto do taxista. Fascinantes, estas pessoas, sobretudo os que deixaram a carreira diurna e se dedicam a transportar as alminhas que pairam na noite, com o tanto de enfermo e discutível que tal amostra tem.

É como um exercício de transformismo. Toda a gente esconde alguma coisa: rugas, estrias, mágoas, incertezas, borbulhas, nódoas negras. O exercício, supostamente de descamação, orienta-se agora pelo pólo oposto: quanto mais base, quanto mais camadas na pele, melhor. Mesmo os mais naturalistas concordam, porque nem eles aguentam com tanta natureza. Sobretudo quando ela é contundente, brutal no seu descaramento e torna tão claro e evidente que …

Gritava, sintetica e silenciosamente como é seu timbre, outro dia, numa varanda: até seria capaz de ser eu própria, se quem me rodeia me perdoasse a decepção.

Passa por luzes de lampião que só tornam a visão ainda mais turva. Deita fora a pastilha elástica que engolia, porque a menta tem uma sobrevivência limitada. Agora o estômago dá voltas, reagindo tipo ácido com os shots que bebeu. Sentiu um impulso para controlar-se. Abre os olhos e o vidro, apanha ar, na esperança de ficar bem acordada. Como se sentisse obrigação. Só depois se lembra que já não tem essa obrigação.


by fiona bacana

Episódios da Imortalidade - Parte IV (aviso de gajo)

Rai's partam estas miúdas. Metem-se com cada gajo…Quando o viu pela primeira vez, chegou ao restaurante, levava uma joaninha nas mãos, formatadas em concha. É óbvio que não se pode confiar num gajo que entra num restaurante com uma joaninha nas mãos.

by fiona bacana

Episódios da Imortalidade - Parte III

«Pain’s playing yo-yo in my body as we speak» (dEUS, Instant Street)

Há algo de muito constrangedor no dia seguinte. Começa por ser isso mesmo: o dia seguinte. Há coisas na vida que não deviam ter seguimento, um respirar de novo, um olhar para trás para ver o que se fez. Isso devia ser proibido. Para além de que o dia seguinte continua a dar importância ao dia anterior, porque o dia seguinte terá sempre como referência o dia anterior, mas o dia anterior passa a ser só o dia anterior. Deixa de ser o dia 'em que'.

Nunca soube muito bem lidar com esta situação. Acordar e ter uma pessoa ao lado. Começa pelo inconveniente de quase nem se mexer com o medo de acordar a pessoazinha, mas passe esse instinto protector, talvez seja antes medo de o acordar e não saber o que dizer. Faz-se trinta por uma linha, no tal dia anterior: «expões-te, comportas-te sabe-se lá como e agora não consegues falar com a pessoa?!». Implicitamente, é como se sentisse uma espécie de vergonha. Tendência camaleónica, hologramismo relacional, fundo de incoerência...vergonha.

by fiona bacana

Episódios da Imortalidade - Parte II

Este não seria um dia muito diferente dos outros. Levantou-se muito mais cedo que o habitual, porque os números do despertador custam a passar. Até hoje nunca viu ninguém relacionar tempo e peso. O tempo passa lento quando é pesado, mas porque é que o tempo não se mede em quilos? ‘Time’s too much for me’, lembrou-se da música que repetia até à exaustão, recuando ao tempo em que tudo parecia uma inenarrável sequência de esperas eternas, ansiando momentos de explosão relacional, em que uma nova pele era criada, construída e testada. O tempo, antes, era o tronco do castanheiro em que se escondia nos intervalos da escola. Nunca percebeu o que a levava a isolar-se em determinadas alturas, mas desaparecia estrategicamente e subia os ramos do castanheiro. Gostava de ver a realidade lá de cima. E mais uma vez olhava para o relógio, quando já sabia ver as horas mas os minutos eram horas e as horas eram dias. O seu espírito científico, condicionado de forma óbvia pelo padrasto cuja profissão vivia de números, ordenava, à altura, que os ramos onde se alojava se transformassem nas bancadas do seu laboratório. E aí desmontava os ponteiros do relógio, uma destreza que nunca antes havia sido valorizada, tirava todas as rodas e colocava tudo de novo no sítio. Um sentimento de conquista. Eu desmonto, eu volto a pôr tudo no lugar. Aí percebeu o sentimento confortante que o controlo dá, apazigua o medo da perda e fecha a caixa dos fantasmas. É que só o controlo sobre as coisas físicas dá pode apaziguar o desespero que sobra da intangibilidade da vida. Daí a arrogância, daí uma altivez cultivada ao nível da neo-mistificação, para reacção imberbe de quem a rodeava. Daí ter a exacta noção do fascínio que uma determinada franja da vida, com paralelo em todas as civilizações, começou cedo a exercer nela. Um fascínio de tom mortal.

by fiona bacana

Eugénio de Andrade (os poetas são eternos)

O meu favorito de Eugénio de Andrade...'Adeus'

by fiona bacana

«Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes.

Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava. Acreditava,
porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.

E no entanto,
antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus. »

Thursday, June 09, 2005

Are you ready? - 1997

Radiohead - "Talk Show Host"

I want to
I want to be someone else or I'll explode
Floating upon this surface for the birds
The birds
The birds

You want me?
Fucking well come and find me
I'll be waiting
With a gun and a pack of sandwiches
And nothing
Nothing
Nothing
Nothing

You want me?
Well come on and break the door down
You want me?
Fucking come on and break the door down
I'm ready
I'm ready
I'm ready
I'm ready
I'm ready
I'm ready

Droga I

Porque dói o que deve ser tão doce e prazeroso? Isto é um vício, uma necessidade. Consome-nos. É um capricho da natureza...

As palavras que traduzem os sentimentos alimentam as sensações, mas também a falta delas. Sentimentos opostos. Fere. E quando se soltam, porque nunca nos satisfazem, não chegam? É um aperto aperceber-nos que das coisas boas da vida são como uma faca que nos verga, e suga a nossa sanidade. Esvai-se gota a gota a capacidade de realidade e a dimensão muda. Quando tudo é claro e límpido, quando as flores coloridas dos vazos nas janelas das casas nos abrilhantam o dia, a doce necessidade faz-nos prender o olhar, enrijecer os movimentos e a própria amplitude da imagem...

Não quero nada disto. Eu quero simplesmente ver o horizonte beijar o mar num pôr de sol vermelho. Sentir o cheiro salgado do mar e ouvir as pedras que rolam ao sabor do bater das ondas. Quero tocar o sal e sentir por entre os dedos a areia fina de uma praia. Acima de tudo, que isso seja realmente bom! Serei feliz no dia em que conseguir ver tudo, e retirar do prazeroso vício apenas e só, tudo o que de melhor ele tem.
É heróico manter a cabeça à tona...!

Sean B.

Boa intenção (alguma vez será notícia?) - Parte III

E que tal fazer os casamentos de Sto António em Viseu? : )

by fiona bacana

O vereador comunista na autarquia de Lisboa António Abreu vê com bons olhos que os casamentos de Santo António integrem num futuro próximo casais homossexuais, considerando que esta questão deve ter uma solução legal.

"A iniciativa deve ir no sentido de contemplar a maior diversidade de relações entre as pessoas", disse o vereador à Lusa. Questionado sobre se gostaria de ver casamentos entre pessoas do mesmo sexo naquele evento, António Abreu sublinhou que "é nesse sentido que se deve ir". Para que tal seja possível, a legislação em vigor tem de mudar. "É uma questão dos dias de hoje que os órgãos deliberativos têm de encarar e resolver", afirmou o autarca que integrou o executivo municipal liderado pelo socialista João Soares, responsável pelo retomar dos casamentos de Santo António em 1997. Para o vereador, uma solução legal que permita casamentos entre pessoas do mesmo sexo deve ser discutida "no mais curto espaço de tempo, à semelhança do que se tem vindo a passar noutros países".


Referindo-se à homossexualidade, o autarca considera que se trata de "uma situação de facto" e "há que não ter essas práticas escondidas, porque vêm desde há séculos ou milhares de anos e hoje as pessoas passaram a assumi-las, até com orgulho".

in www.lusa.pt

Excelente notícia - Parte II

«Fim de privilégios mal recebido por alguns políticos

O Governo admite que a decisão de acabar com aquilo que José Sócrates definiu como «privilégios» da classe política pode ter causado incómodo entre os deputados. O jornal «Público» de hoje diz mesmo que alguns políticos consideram abandonar os cargos.

«É natural que haja uma outra incomodidade. Mas os detalhes das propostas aprovadas ontem ainda não são do conhecimento de todos. Por isso contamos com o apoio da maioria parlamentar (PS) mas esperamos que o apoio às medidas acabe alargado a todo o parlamento», disse à TSF o ministro da presidência, Pedro Silva Pereira.«O apoio da classe política seria um sinal muito importante de disponibilidade, não so dos deputados mas de outros cargos políticos, para partilhar o momento de sacrifício que os portugueses estão a atravessar», concluiu.Contactados pela TSF, os líderes parlamentares do PSD e do CDS-PP não manifestaram disponibilidade para comentar as medidas aprovadas. »

Hmmmm...PSD e CDS-PP não manifestaram disponibilidade para comentar as medidas aprovadas....hmmmm...estarão a fazer beicinho? Ou estarão ainda a debater o dia nacional do não-nascido?!

by fiona bacana

Boa notícia - Parte I

«Portugal sai da recessão técnica

A economia portuguesa saiu da recessão técnica no primeiro trimestre deste ano, com um crescimento de 0,2 por cento face aos últimos três meses de 2004, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). »

in www.tsf.pt

Hmmmm...tem piada, ainda não notei nada!

by fiona bacana

É verdade: recebi um mail do Brad Pitt (juro!)

«Dear Friend,

Every single day 30,000 children die from the effects of extreme poverty and it almost never makes the news. Tonight, that's going to be different.
I visited Africa last month with Diane Sawyer to record a "Primetime Live" special, and tonight that program will air at 10pm/9pm Central on ABC. The show is not only about the emergency in Africa, but also about successful projects that are saving people's lives and building new hope in entire communities.
Yesterday the ONE campaign asked all of us to do something that will make a real difference for the people we met in Africa:
sign a letter to President Bush asking him to seize the best opportunity we've had in decades to actually end extreme poverty. The ONE letter asks the President to support three bold commitments at the G8 summit of world leaders on July 6th: more and better international assistance, debt cancellation and trade reform.
Last week I signed the
ONE letter to President Bush, and since yesterday thousands of you have too. That is an amazing show of support. The ONE campaign has set a goal to get ONE million letter signatures by the upcoming G8 summit on July 6th. We can get half way there by the end of this week if you join with me and sign the ONE letter to President Bush and ask your friends and family to sign as well: Sign the ONE letter to President Bush.

Thanks, and please tell all your friends to watch the show tonight: 10pm/9pm Central on ABC.

Brad Pitt »

Praia do Salgueiro - 1 e pico da tarde

Há poucas coisas tão reconfortantes do que estar, simplesmente estar, com as pessoas que conhecemos que nos viram crescer. E, mesmo vendo-nos a espaços enquanto crescemos, passamos da anne mit den roten haaren para a esta pessoazinha que nem sei muito bem descrever, eles conseguem olhar para nós como aquela que ia para casa deles...

E é confortável, muito confortável.

Obrigada, mano, por aquele bocadinho em família. A tua família é, também, um bocadinho minha. E obrigada pela nossa vida desde os 9 anos.

by fiona bacana

Wednesday, June 08, 2005

A relembrar outros tempos...

Catch my breath close my eyes
Don't believe a word
Things she said overheard
Something wrong inside
It's you admit it
Then you know you're in it

I've been in love before
I've been in love before
The hardest part is when you're in it
I've been in love before
I've been in love before

Just one touch just one look
A dangerous dance
One small word can make me feel
Like running away
You can't say you're in it no
Until you reach the limit

I've been in love before
I've been in love before
The hardest part is when you're in it
I've been in love before
I've been in love before
.......


"I`ve been in love before" - Cutting Crew

I'ts ok to wonder why (but don't expect to understand your life)

1. stay clear of extremes
2. just say what you mean
3. say thank you often
4. like your hair
5. wave to strangers everywhere
6. do what you're supposed to do, don't llok at what the others do~
7. think before you buy a car
8. don't marry someone you met at a bar
9. change clothes everyday
10. call ahead when you're late
11. be nice to your dog
12. drive slow in the fog
13. read what you like
14. sing when you're glad (close the door if you sound bad)
15. be safe when you're planning to get laid.
16. never waste expensive wine

sarah bettens in 'don't stop'

Afinal as verdades da vida são coisas bem simples.

by fiona bacana

Tuesday, June 07, 2005

Frase do dia, numa chamada telefónica

"- Eh pah, isto não tá nada fácil! É sempre assim, o primeiro exame vai sempre ao ar...!
- Não faz mal pah, "Primum milhum, pardalum est"
- Sim, Primum milhum....hã???? O que é que isso quer dizer??
-Pah, "o primeiro milho é pr` os pardais"!!! "

LoL
:D

Autoria e dedicado ao Cabbages...

Sean Bacana
;)

Mais que Pessoa

" O que eu acho, francamente, que é patológico, é o Fernando Pessoa ter morrido há mais de cinquenta anos e a edição crítica das suas obras completas estar ainda por fazer! Em vez disso, e como não há talento suficiente para o ler, anda-se a discutir se ele era esquizofrénico de manhã e paranóico à noite, se era um pouco mais histérico aos domingos e um pouco mais deprimido aos dias de semana. Lembra daquela passagem do «Lisbon Revisited» (de 1923):

(...)
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim.
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho
(...)
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!

Ó céu azul - o mesmo da minha infância -
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo
(...)

Aqui a Tempos estava na moda fazerem-se grandes conjecturas críticas para avaliar a extensão exacta da homossexualidade do Pessoa. E mais recentemente, houve não sem quem que descobriu que ele, afinal, frequentava um bordel, o que, no parecer judicioso e mórbido desses voyeurs, obrigaria a rever todas as conjecturas especiosas feitas até aí acerca das suas disposições homossexuais. Andava tudo a espreitar para o pénis do Pessoa para ver o que é que ele fazia com ele.
O que eu acho que é patológico, é que em Portugal ninguém lê Pessoa. Toda a gente fala dele, mas ninguém o lê. Anda-se à volta dele como um bando de indígenas à volta de uma carcaça de um avião que acabou de caír no mato, mas ninguém o lê. As edições das suas obras esgotam-se constantemente, mas é só no estrangeiro. Aqui não. Aqui a gente lê o Eça e o Saramago.
O Pessoa era doente, como toda a gente, mas sabia bem que o era, e além dissotinha a grande saúde da sua própria genitalidade. As pessoas são doentes, não sabem que o são, e nunca viram a cor a essa forma de saúde. E nem sequer têm a saúde mais básica da curiosidade, e menos ainda a da generosidade. E como não têm, ao menos, a grandeza suficiente para reconhecerem a inveja surda que provavelmente os rói por serem incapazes de criar, e muito menos de o fazerem como Pessoa o fez, entretêm-se a morder as suas próprias pulgas na carcaça alheia que nunca as teve."


Carlos Amaral Dias
João Sousa Monteiro
in «Eu já posso imaginar que faço»

Sean Bacana

Monday, June 06, 2005

E porque é que eu não trabalho com papeis?

Há clientes que nos levam tudo, e é esse o propósito da psicoterapia. Levam-nos como porto seguro para novas descobertas, que criem erosão e desgastem a percepção disfuncional (porque lhes cria sofrimento) que têm deles, dos outros e do mundo.

Para isso, fui treinada. Transferência e contra-transferência, tudo pelo processo psicoterapêutico.

Há clientes, no entanto, que nos deixam tudo. Uma 'sensação de dor, profunda e estrutural, sem objecto' - lembro-me até hoje dessa expressão da Professora. Deixam-nos um peso, transportam a angústia para nós, e cabe-nos saber lidar com ela.

No meu relatório de estágio escrevi: ser psicólogo não é uma profissão - é uma profissão de fé.
Não trabalho com o tangível. Não consigo agarrar o que trabalho em consulta, não o consigo partir, fatiar, ou decompor, numa arte de atomismo.

E que conforto que isso dá às vezes. Imprimir uma folha e arquivá-la. É aquilo, não é mais nada.

Hoje, hoje mesmo, sinto que ser psicóloga é a pior profissão do mundo. Ver um cliente que deposita em nós o que às vezes nem deus sabe, tem tanto de honroso como angustiante.

Amanhã, porém, voltarei a achar que até sou capaz de ter algum talento para a coisa. Nunca perdi nenhum, não vai ser agora o primeiro. Mas hoje...quero é que o dia acabe rápido.

by fiona bacana

Sunday, June 05, 2005

Dos Tempos Adversos - Statement

«Claro que temos que andar sob os tempos adversos que puxam para trás...
É claro que temos que ver a estrada...que um dia a história acaba.»

Toranja,
'Tempos Adversos'

Há quem já tenha visto o filme antes, sequência por sequência. A esses rogo por paciência, mas desta vez não há colinhos nem telefonemas de controlo.

Aos outros, que nunca viram esta sequência e não a sabem interpretar...peço que me perdoem antecipadamente o padrão de incoerência. Convosco terei sempre a tentação (ou não) de ser mais persona do que pessoa (ou não). Silently stalking me, smothering me.

by fiona bacana

Educação, qual quê...

A Educação neste país não vai lá muito bem.... se ao menos tivesse a mínima hipótese de escrever os problemas que a rodeiam, lá teríamos os blogs maçudos (maçudos = massa) e tristes para vos contar.
O papel dos estudantes deve ser preponderante.
Decorre neste fim de semana na Universidade Portucalense o Encontro Nacional de Dirigentes Associativos.
É neste fórum onde dirigentes estudantis de todo o país se encontram essencialmente para debater....am....err...digamos que...., oh, deixem lá isso.
Por tudo o que lá se passa, como por exemplo....humm...err, bem, é isso mesmo,... trata-se de os estudantes conhecerem-se melhor e estabelecerem contactos para, digamos, debaterem melhor os problemas da e...e...educação.
As conclusões que se tiram são aquelas que realemnte interessam: A assumiu o cargo X, B assumiu o cargo Y, C no último ENDA disse que fazía e não fez, e D promete fazer neste para no próximo por o lugar à disposição.
Que fixe....!

Do Pedro Paixão

Pela distimia estrutural da sua escrita. Não pela estética, mas pelo estilo profundamente crú, contundente, como descreve, espartilha e decompõe a emocionalidade decadente. Todos os livros dele são, assumidamente, auto-biográficos.

O meu preferido: 'Viver todos os dias cansa'. Pela época em que o li (deixei passar 3 combóios só para continuar a ler na estação da Av. da França), pela novidade que o estilo trazia na altura.

Para conhecer melhor em http://www.acapital.pt/

É uma entrevista de quem não gosta da vida. Pedro Paixão, autor de A Noiva Judia, Viver Todos os Dias Cansa e Ladrão de Fogo, confessa a A Capital que viajou até Moscovo à procura de uma mulher que vira em Jerusalém. Não a encontrou, mas, em compensação, viu belas russas. Nunca votou, não tem telemóvel nem televisão, e nega ter-se convertido ao judaísmo, muito embora as suas duas primeiras mulheres fossem judias. Tem 49 anos, é professor de Filosofia, vive há 20 em Santo António do Estoril e é um homem que não acredita na esperança. Diz ele: «Há muito desespero no que escrevi.» Mais: «Eu sou um ferido de morte.» Reconhece: «A minha infância foi triste.» E conclui: «Não sei amar. Talvez seja essa a minha tragédia.»

by fiona bacana

Friday, June 03, 2005

So falling is like this

«To fear love is to fear life, and those who fear life are already three parts dead. »

Bertrand Russell

Wednesday, June 01, 2005

Heathrow, boarding room - 21:47

Disse tudo o que tinha para te dizer, a não ser: toma conta de ti. Por favor.
De nada adianta pedir-te se o quiseres viver, mas para o viveres não precisas de morrer nem de te colocares à 'mão de semear'. Conforta-me saber que tens consciência do que caminhaste para chegar onde estás agora e do estruturalmente estúpido seria deitar tudo a perder só para viver a tua versão muito própria do american way of live.

Falando ou não, parte de mim és tu.

«You know you've found it because you feel it when they take it away»
Damien Rice in 'Amie'

by fiona bacana