Friday, July 29, 2005

Rebel without a cause


Ontem voltei a ver. Há sempre qualquer coisa de novo quando vejo este filme.

« If I had one day...one day when I didn't have to be all...all confused and ashamed of everything...Or I felt I belonged some place...»

Só James Dean, só teenage angst.

by fiona bacana

Thursday, July 28, 2005

Desabafo da...noite

Eu quero é que a proteína animal se f***!

Anemia ferropénica.Microcitose. Ferritina.
Nomes muito complicados para dizer uma coisa muito simples: já não sou imortal nem impune.

Obrigada Doutor. Não imagino "papá" melhor para me dizer uma coisa destas.

by fiona bacana

E este meu pesadelo que nunca mais tem fim




Quanto tempo demora a atravessar um país do tamanho de um continente?!

by fiona bacana

Ps: yes, fiona bacana has posted a picture of the usa. yes, fiona bacana has gone insane. And yes, fiona bacana promisses to furiously DELETE this image as soon as possible.

Estranha forma de vida

Estranha forma de vida, esta coisa dos blogs. Supostamente a escrita liberta, e às vezes até liberta. Mas tenho notado, nos últimos tempos, que este exercício catártico me torna menos capaz, menos apta, para falar de mim a quem realmente merece. A quem me conhece o cadastro, a quem me conhece a história e que, gentilmente, me chama de sobrevivente. Pois.

Então reconheço: não estava nos meus planos ter 28 anos. Com tudo o que isso implica: a vertigem da normatividade, os bens de consumo que atraem e para 2 minutos depois me deixarem com AQUELA culpa, como se tudo isto fosse um exercício de futilidade, afinal estas coisas confortam mas não dão o que eu mais preciso. Implica também que os amigos mais novos, os irmãos dos amigos, os primos, os vizinhos que vi crescer, olhem para mim como uma adulta. Que, lamento, mas não sou. Por mim continuava calmamente na minha vida errante de eterno peter pan. O que sou hoje é tão somente um produto de constrangimentos exteriores a mim (a malta não vive de ar e vento) com a interacção de tentativas inócuas, imberbes e pouco sólidas de constituir algum tipo de coerência comigo própria. Tipo: "Ai tenho de trabalhar para ser autónoma? Pois então que faça profissionalmente algo pelos outros, onde consiga fazer a diferença na vida dos outros". Alguns dirão que isto é até uma resposta bem assertiva, uma sublimação bem produtiva. Mas não é.

Mas voltando ao que escrevo aqui, neste canto escuso da net. Liberta-me e prende-me. Mas enquanto fizer sentido...

by fiona bacana

Wednesday, July 27, 2005

Casum Sentit Dominus

Art. 796 nº1 Código Civil - Os contratos que importem a transferência do domínio sobre coisa certa ou que constituam ou transfiram um direito real sobre ela, é no momento da conclusão do contrato que o risco de perecimento ou deteriorização da coisa passa do alienante para o adquirente.


Manuel de Pinho e Dr. Mário Soares vão tomar um café ao Majestic. O Dr. Mário Soares ficou encantando com a bicicleta do Manuel de Pinho, que estava à porta do café e propõe a Manuel de Pinho um contrato de compra e venda da bicicleta, cujo preço será pago daí a uma semana, ao que este aceita a proposta.
Contudo, quando chegam à rua, ambos deparam que a bicicleta fora furtada.
A quem pertence a bicicleta? Manuel de Pinho terá direito ao preço da coisa?


By: Cavaco Silva

Será isto desertificação?

AMC, 19h. Entro para ver o 'Cruel', só para matar saudades.
E, olho à minha volta, e não vejo ninguém. Ninguém. Eu e uma sala de cinema só para mim. E tu, clonado na tela.

Deve ser isto que chamam de desertificação...

by fiona bacana

Going back on memory lane

Traseiras do colégio. Chuva morrinha. Lá de cima, as janelas tipo hospício, tinham 29 alunos na sala do 9ºB. Eu e a Sandra cá fora, sentadas nas escadas. Borrifando-nos para as consequências. Era como se não houvesse amanhã, ou como diria a outra, "amanhã é sempre longe de mais". Eu delirante com o novo eu. Ela com aquele cinismo tresandando a charme, aqueles tiques de má-educação que só ela fazia passar por charme. Tínhamos daquelas garrafinhas de prata com whisky lá dentro. E tínhamos um walkman (sim, eu sou da geração do walkman!), com uma cassette gasta, muito gasta: jesus and mary chain. E, entre silêncios típicos de quem sabe que nada conta para além dali, ouvíamos april skies.

But that’s the way that you are
And that’s the things that you say
But now you’ve gone too far
With all the things you say
Get back to where you come from
I can’t help it
Under the april skies
Under the april sun
Sun grows cold
Sky gets black
And you broke me up
And now you won’t come back
Shaking hand, life is dead
And a broken heart
And a screaming head
Under the april sky

by fiona bacana

Tuesday, July 26, 2005

O "adeus" de Mário Soares

Semana interessante esta para as Presidenciais de Janeiro. Um fait-divert para as eleições de Outubro, o que bem pode indiciar o mal estar do partido de centro-esquerda portuguesa, quiçá revelador dos resultados das próximas autárquicas. Com grande popularidade subiu ao Governo a equipa do Eng. José Sócrates (refira-se, de forma incontestável) que vê-se agora a braços com as medidas polémicas a nível das Finanças. Talvez porque a diversão dos comboios rápidos e o Aeroporto (fictício) da Ota não tenha "colado" uma vez que toda esta poeira tenha levantado problemas ao novo Governo...
Na verdade, projecta-se uma candidatura algo inesperada, a do Dr. Mário Soares. É sem dúvida uma figura incontornável da política portuguesa dos últimos 30 anos e um personagem histórico do século XX português. Contudo, na minha humilde opinião, roça ao caricato uma candidatura de um homem que hoje simboliza o passado. Um passado também controverso da política portuguesa (como a descolonização, por exemplo...). Uma candidatura de um homem que manifestamente já deu o que tinha a dar ao serviço público e que bem precisa de descansar... Aliás, há quem afirme que uma das suas vantagens em relação à possível candidatura do Prof. Cavaco Silva seja a sua contínua intervenção pública, que nunca chegou a cessar. Mas que se diga a bom tempo, e já que falamos de tempo, que a falta de situação de contexto de actualidade do Dr. Mario Soares fora desde sempre notório nas suas intervenções.
O respeito pelo longo percurso e "folha de serviço" do Ansião Mário Soares impede qualquer discussão ou crítica. Cairíamos na desactualidade, e não nos convenhamos. Mas discutindo o perfil actual deste homem, e tendo em conta as funções de um Presidente da República (os constitucionalmente previstos e os "doutrinalmente" previstos), sería alguém, com a idade avançada, com a falta de contextualização actual, com a falta de conhecimentos económicos, com a previsível falta de imparcialidade, a pessoa ideal para tal cargo?
Certo será, que uma derrota ante o Prof. Cavaco Silva nas próximas presidencias, mancharão o seu vasto currículo de "sucessos". Falo-á mesmo saír (?? - sim, porque se se candidatar à Presidência da República, já ninguém poderá adivinhar uma saída de cena) pela porta pequena da sua longa carreira política... Exigir-se-á então a pergunta, quererão os socialistas um funeral de Estado (do) para o Dr. Mário Soares?


By: Manuel de Pinho

De quando a verdade dói

«Um riso à beira de lágrimas. Foste sempre assim».

Quando me entregaram um livro com esta dedicatória, demorei a perceber. Eu, a destinatária? EU?!

Até que percebi. Há gente que verá sempre mais longe do que nós poderemos, eventualmente, desejar. Há gente que analisará sempre aquilo que colocamos em parêntises, consciente ou inconscientemente. Há gente que perceberá sempre quando estou a desconversar. Há gente que terá sempre a coragem de me questionar, com mais ou menos reacção da minha parte (o "mas isso é pergunta que se faça a uma amiga?!", entre sorrisos escaldados, é só um dos exemplos de retórica armada ao estilístico).

E, tão grata estou eu por ter estas pessoas na minha vida. Por conseguirem ver-me neste nevoeiro. Por serem capazes de me confrontarem, quando o mais aconselhável seria não o fazerem (a tirada do stôr, então, é um clássico: "não te esqueças que quando te espetares, não vais sozinha - não sei se tens esse direito").

Obrigada, obrigada, obrigada. E desculpem, desculpem, desculpem.

by fiona bacana

Vivam os ginásios da província

Seguindo a fórmula da razoabilidade 'relação qualidade-preço', as vantagens instituicionais de trabalhar numa organização tida como incontornável (eles lá saberão porquê...) e e as sugestões sempre pertinentes de quem me rodeia, resolvi dar um giro num novo ginásio em expansão. Daqueles que nos fazem esquecer que estamos numa cidade em formato de caixa de fósforos.

Ginásio super-hiper-mega-uau, vidros foscos, tudo muito clean. Dirijo-me à recepção. "Preencha este formulário ali no nosso bar que alguém da nossa equipa já vai lá ter consigo". Não tinha sequer acabado de preencher o nome (pronto, está bem, já sei que é comprido...), tinha uma jovem de óculos de massa grossa de côr vermelha, ar muito profissional, vinda directa de um qualquer episódio dos Morangos com Açúcar, a olhar para mim. Aproxima-se e diz-me: "Posso?". Quando se preparava para debitar a lenga-lenga comercial, olha para mim e lança a frase assassina: «Eu conheço-a!Não é a...». Olho para a placa e leio-lhe o nome. Torna-se evidente o pesadelo de qualquer psicólogo: reencontrar um ex-cliente.

Os próximos segundos foram mutuamente embaraçosos. À minha cabeça, chegavam pedaços de informações, avaliação e linhas de intervenção, enquanto respondia que o RPM a mim não me interessava, eventualmente body pump e body balance. Que valorizava essencialmente a flexibilidade de horário e a limpeza das instalações (pronto, chamem-me anti-social e anancástica).

Depois, como ao que parece é da praxe, fomos dar uma volta pelo ginásio. Primeiro olhámos para a piscina, que não tem pastilha no fundo, diz que o inox é mais limpo e não precisa de tanto cloro. Descemos então as escadas e aí começou a verdadeira tortura. "Então, por cá?", para uns metros mais à frente dar de caras com um "Oh Drª, espero por si nas minhas aulas para me vingar de si, ok?!". Mais à frente, um pai de camisa caveada com Throttleman escrito em letras grandes: "Olhe, o F. está óptimo, está com óptimas notas!".

Ainda não refeita deste circo de constrangimentos, a rapariga dos óculos de massa grossa de cor vermelha, indica-me o caminho dos balneários. E eu a rezar para não encontrar ninguém. Era a cereja em cima do bolo: encontrar alguém do trabalho nos balneários, fazendo conversa circunstancial enquanto a pessoa nuínha se ia secando com a toalha. Felizmente esse surto Ally McBeal foi apenas um delírio. Porque eu encurtei a visita ao balneário. Estratégica e subtilmente.

Alimentada pela leveza do alívio da inexistência de algo profundamente embaraçoso, tipo imaginar como seria encontrar a pessoa novamente no trabalho, subo as escadas. Mas era pedir muito não olhar para o lado e ver um Director encharcado em suor, com os óculos embaciados: "Espero vê-la por cá!".

Lamento, não tenho estômago para isto. Trabalho é trabalho...ginásio é ginásio. Prefiro o meu ginasiozinho de província que fecha às 23h. Aí, ao menos, sou orgulhosamente anónima e estão-se borrifando para a instituição tida como incontornável.

by fiona bacana

ps: um agradecimento profundo e sentido à coragem da rapariga dos óculos de massa grossa de cor vermelha que me deu um free pass para experimentar, sem compromisso, durante 30 dias. Eternamente grata, mas ainda em stress pós-traumático, ofereço o dito cujo free pass ao primeiro que me pedir.

E por falar em bater na mesma tecla (da Paixão de Pedro para variar)

«O amor desmembra o nosso corpo. Estralhaça-o. Mas isso não quer dizer que a comoção violenta da paixão o sacuda e faça estremecer ante a expectativa do prazer, oferecido pelo amor (...). O corpo é todas as percepções, todas as memórias, todas as expectativas, todos os sentimentos, todas as emoções, todos os outros, todos os que fui sendo, todo o real, todo o possível e todo o imaginário. A presença de alguém na nossa vida pode provocar o colapso, o caos, deixar-nos na miséria. Pode meter e mete muito medo»

E, digo eu, só assim descamamos e criamos novas peles e novas tonalidades. Qual o gozo de jogar de sabemos já qual o resultado? Como diria alguém que conheci, gosto muito de viver. E de levar tombos, de me estampar, de me arrepender, de me corrigir e desculpar, de aprender, de crescer, de calejar, de sofrer, de me arrastar, de desesperar... de viver! Porque sei que de cada vez olho par o mundo de maneira diferente ... e deslumbro-me com a descoberta, levanto-me, e cá estou eu de pé outra vez.

«O amor é esse conflito permanente e completo: liberta e agarra, é doçura e amargura, refaz e desfaz, resuscita e adormece, faz-nos sonhar e confronta-nos com a realidade pura e dura, dá à luz. Mas também tem o poder de nos matar.»

Pois. Mas só assim se vive: perdendo vida, para a ganhar.

by fiona bacana

About songwriting

«Tell me about your songwriting process.

For me, songs are born with a guitar and my journal at my side. My various guitars have different voices and they function as my singing and writing partners. The unique qualities of a guitar’s voice have a real effect on what comes out. I don’t have a specific sound or formula that I rely on each time. The songwriting process is either really visceral, emotional, and immediate, where I sit down and write something from start to finish, or it’s an ongoing meditation that gets sculpted and re-sculpted. The latter method has more of the intellect involved. For instance, “Parameters” was a real vomiting of words, whereas a song like “Lag Time” was more of a process that I worked on for months. It represented the “Oh! I finally got the bridge!” kind of writing. »

Ani DiFranco, in Fretz Magazine (http://www.fretsmag.com/story.asp?sectioncode=52&storycode=8649)

E, infelizmente, a tour europeia foi cancelada....snif snif snif

by fiona bacana

Site do dia - Parte I

Batendo na mesma tecla (até que a voz me doa!!!)

http://www.nationalgeographic.pt/revista/0705/feature7/default.asp

by fiona bacana

Monday, July 25, 2005

Left over wine

What do you do when the people go home?
And what do you do when the show is all done?
I know what I'll do in the alone of my time
But what will I do with the leftover wine

A line from a poem of my childhood has said
That visions of sugarplums were gonna dance in my head
I'll spend my whole life making the time rhyme
But I'll still have a bowl of leftover wine

I'll spend my whole life making the time thyme
And then I'm gonna run to the people
And I'll sing them a song of mine
You know I'm gonna do anything
Just to take up time
Because I can't find a taker for the leftover wine

I'll drink some of yours
If you'll drink all of mine
Because I can't stand the taste of that leftover wine...

Melanie Safka 'Leftover Wine'

Quando a festa acaba, quando ficam os resquícios de almas carburadas. Quando o vazio volta a encher o peito. Quando as gargalhadas não passam de ecos, bem disfarçados de tragédias alheias. Todos têm cicatrizes, umas sararam, outras não. (E é muito irónico que a expressão 'sarar' esteja associada a ferida).

Mas e depois o que se faz? Fica aquela névoa de enjoo quando esvaziamos os cinzeiros. Fica a sensação de remendo. E tudo volta.

by fiona bacana

Million dollar question of the day

«Mas e o que se faz quando a margem de sonho, de esperança de que tudo pode melhorar a qualquer hora, diminui todos os dias um pouco? E o que se faz quando perdemos, dia a dia, a luminosa ideia de que isto acontece por alguma razão?»

When I find out all the reasons
Maybe I'll find another way
Find another day
With all the changing seasons of my life
Maybe I'll get it right next time

And now that you've been broken down
Got your head out of the clouds
You're back down on the ground
And you don't talk so loud
And you don't walk so proud
Any more, and what for?

Well I jumped into the river
Too many times to make it home
I'm out here on my own, an drifting all alone
If it doesn't show, give it time
To read between the lines

Because I see the storm is getting closer
And the waves they get so high
Seems everything we've ever known's here
Why must it drift away and die

I'll never find anyone to replace you
Guess I'll have to make it thru, this time - without you

I knew the storm was getting closer
And all my friends said I was high
But everything we've ever known's here
I never wanted it to die

Estranged

by fiona bacana

Sunday, July 24, 2005

Confesso

Durmo para Oeste só para me sentir mais próxima de ti.

by fiona bacana

Friday, July 22, 2005

C'est le malaise du moment...

«C'est le malaise du moment,
L'épidémie qui s'étend,
La fête est finie, on descend,
Les pensées qui glacent la raison.

Paupières baissées, visages gris,
Surgissent les fantômes de notre lit;
On ouvre le loquet de la grille
Du taudis qu'on appelle maison.

Protect me from what I want
Protège-moi, protège-moi

Sommes-nous les jouets du destin
Souviens-toi des moments divins
Planant, éclatés au matin,
Et maintenant nous sommes tout seuls.

Perdus les rêves de s'aimer,
Le temps où on avait rien fait,
Il nous reste toute une vie pour pleurer
Et maintenant nous sommes tout seuls.

Protect me from what I want
Protège-moi, protège-moi.»

Placebo 'Protect me from what I want' (versão francesa: 'Protège-moi')

by fiona bacana

Passive-agressive

«Even in your betrayals you're passive-agressive».

Não há resposta possível a uma coisa destas. Uma não-acção pode ser violentamente agressiva. Entendo. Mas e depois? O que se faz com isso? Passa-se a ser mais agressivo para encaixar no rótulo normativo de traição? Ou passa-se a ser mais passivo embutindo o que, apesar de tudo, ainda se sente - reforçando o estigma da passividade?

by fiona bacana

Thursday, July 21, 2005

pvIP aconselha...

«Espelho Meu - Portugal visto por fotógrafos da Magnum» Centro Cultural de Belém (CCB)
01-07-2005 a 28-08-2005
3ª-Dom: 10h00-19h00


Esta exposição nasceu das mais de 1000 imagens sobre Portugal existentes nos arquivos da Agência Magnum, Paris, a maioria das quais nunca expostas ou publicadas. Procurando fazer coincidir o interesse histórico e cultural com as imagens que melhor exprimem o olhar singular dos fotógrafos que passaram por Portugal ao longo dos últimos 50 anos, a exposição apresenta uma selecção de fotografias daquele acervo. A par deste núcleo de imagens de arquivo, são ainda apresentadas cerca de 30 novas fotografias realizadas exclusivamente para esta exposição pelos fotógrafos Susan Meiselas, Miguel Rio Branco e Josef Koudelka. Estes três artistas estiveram em Portugal no final de 2004 e início de 2005, com a missão de fotografar o país contemporâneo, actualizando a visão resultante dos arquivos com novas perspectivas e completando este caleidoscópio de olhares onde se configura um espelho do nosso país.

Para os que não puderem dar o salto, encontram facilmente o livro em qualquer FNAC do país.

By: S.B.

London Blasts

Enough!!! That`s all that comes to my mind after this huge campaign of terror all over the world. And it promisses to continue after the second blast at London`s Underground.
"No victims.." says the government and perhaps the statistics of today`s attacks. Huge Mistake! The society is no doubt the victim of terror. A war of guilties and mistaken policies has its costs and those costs are to be payed by the innocent people that are just trying t find their way. Shame! STOP the killing! Now!!

By: S.B.

Struck by the physical resemblance


Fiona Bacana recomenda o filme 'Cruel': nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2004, «Ondskan – Cruel» é a adaptação cinematográfica do romance auto-biográfico do polémico jornalista sueco Jan Guillou e um retrato sádico do que se pode passar no interior de um colégio interno, onde a sobrevivência dos mais fortes foi elevada a regra.

by fiona bacana

Wednesday, July 20, 2005

Não seremos todos ladrões de fogo?

«Amar não se conjuga no condicional. É bem possível amar um assassino. O amor não tem partes nem tempo usual. Tudo altera. Tudo inverte. Tudo perdoa (diz que sim). Não é só uma coisa por dentro. Para uma pessoa que ame, o mundo todo torna-se amável. Para uma pessoa que não ame tudo parece estar prestes a desmoronar-se sem mais se levantar. (...). Nada sabe fazer com as próprias mãos»

Pedro Paixão in Ladrão de Fogo

Não, não é por causa da pôrra dos ovos. Isso é para os que se centram mais nos resultados do que na tarefa, que procuram um outcome qualquer como se fosse uma pôrra de um fundo de investimento ou uma estratégia na gestão de carreira.

Simples, não? Enquanto se perdem na procura do dito cujo outcome, esquecem-se de gozar o processo. E depois ainda se queixam que isto é uma maçada, que os lucros não superam os custos, enfim...Lógica economicista, tentativas imberbes de racionalizar um processo que não se coaduna com esses parâmetros.

by fiona bacana

Tuesday, July 19, 2005

Dívida (Dos bosques da gratidão)

Ontem, por entre as divagações sórdidas que só eu e a gui conseguimos extrapolar a postulados científicos, lembrei-me da dívida de gratidão que tenho para com o Stôr.

Não sei se andas por aí ou não, mas....: o facto de estar viva é, em parte, responsabilidade tua.

by fiona bacana

Talvez assim me entendam (ou a queda de um 'mito')

«What is food to one, is to others bitter poison. »

Lucrécio - poeta, filósofo e cientista romano

Há anos atrás, poderia dar-me ao luxo de bater com a cabeça no lavatório até sangrar. Hoje, não posso. E, por isso, sublimo.

by fiona bacana

Complexo de Electra (?)

«All i want to do
Is (to) be more like me and be less like you
»

Linkin Park, 'Numb' (Meteora)

by fiona bacana

Monday, July 18, 2005

The way that I am - blame it on them (or not!)



Imagem do concerto de Guns n' Roses

2. Jul.1992

Estádio de Alvalade

On growing up and the reasons why we are the way we are...How was I supposed to LISTEN to 'Coma' and remain the same?

by fiona bacana

É a m**** de país que temos

Há pessoas que fazem 10 vezes o nosso esforço só para se levantarem da cama.
Há soluções, como os cães de assistência, que melhoram a vida destas pessoas, às vezes de forma inimaginável.
E, no entanto, tudo esbarra num vazio legal.
Que m**** de país temos...

by fiona bacana

«A Associação Portuguesa para a Intervenção com Animais de Ajuda Social (Nimas) vai pedir uma reunião com os grupos parlamentares dos vários partidos para rever a legislação para que estes cães possam entrar livremente nos locais públicos, acompanhando os seus donos, disse a O COMÉRCIO a presidente instituição.
A lei existente apenas prevê a entrada em locais públicos de "cães guias", deixando de fora os "cães de assistência" a pessoas com deficiência motora, pelo que segundo Liliana Sousa "existe um vazio legislativo" em relação a estes animais, algo que, diz, "talvez se explique pelo facto de só muito recentemente terem começado a ser utilizados em Portugal". Assim sendo, a dirigente da Nimas pede que se reconheçam os "cães de assistência" como "cães de serviço", tal como já acontece em países como Inglaterra e Estados Unidos. "Em Portugal ainda se desconhece que estes animais são treinados para acompanhar o seu dono em todas as situações"", afirma, explicando que entre muitas das coisas estes cães são capazes "ajudar os seus donos a fazerem compras nos supermercados, chegando-lhes coisas a que eles não podem chegar de uma cadeira de rodas, por exemplo".
(...)
"mesmo num restaurante ficam deitados ao lado do dono, e nem mesmo um bom bife os faz desviar a atenção, apesar de gostarem muito de comer". Estes cães sempre que andam na rua usam um "colete" onde transportam os certificados de saúde, apólice de seguro de responsabilidade civil, certificado de treino do cão credenciado pela associação. Além disso, ao fim de cada semestre são submetidos a análises sanguíneas que garantem o despiste de eventuais patologias. Mas, nem só no que a assistência a pessoas com incapacidades físicas se limta a acção destes animais, que inclusivamente já foram também usados em várias teses de licenciatura, uma das quais na área da psicologia. Neste caso a sua intervenção foi com uma criança autista funcionando como terapia assistida. "Foi uma agradável mais valia. No fim do ano lectivo notava-se que havia uma maior comunicação , de tal modo que nessa altura a criança em questão já se sentia suficientemente à-vontade para fazer algumas perguntas", informou a responsável da Nimas.

A Nimas foi fundada em Maio de 2002 e visa promover a utilização de "cães de assistência" por pessoas com incapacidades físicas que usem cadeira de rodas, indivíduos portadores de esclerose múltipla, espinha bífida, de surdos, entre outros. A associação forma técnicos, faz treino de cães e promove o relacionamento destes com os respectivos utentes com vista à sua maior independência, integração social e comunitária. As raças mais utilizadas são o Labrador Retriever e o Golden Retriever. Estes cães são cedidos gratuitamente às pessoas com incapacidades que necessitem dos seus serviços. Pretende-se, assim, disponibilizar a estas pessoas a posse de um animal que se demonstrou ser de grande utilidade não só em termos psicológicos e motivacionais no momento de superar uma incapacidade mas, mas também em termos de reabilitação.

Segundo a presidente da Nimas as pessoas que possuem um "cão de assistência" aumentam o seu nível de independência de forma notável, uma vez que esses animais actuam em áreas nas quais o utente está total, ou parcialmente, incapacitado, como sejam o abrir portas, recolher objectos do chão ou de locais inacessíveis, acender luzes, despir certas peças de vestuário. (...)Estes cães participam ainda em actividades lúdicas junto de crianças com patologias graves de deficiência, como paralisia cerebral ou atrasos mentais e ainda com idosos em lares de terceira idade, promovendo a interacção entre eles. »

in Comércio do Porto

Saturday, July 16, 2005

Million dollar question of the day

«As categorias mutuamente exclusivas são meramente conceptuais?»

Ou, traduzindo em miúdos: amor e ódio são constructos mutualmente exclusivos do ponto de vista conceptual (amor não é ódio e ódio não é amor) mas, do ponto de vista operacional, o amor e ódio misturam-se?

É, deve ser.

by fiona bacana

Friday, July 15, 2005

Das características relacionais básicas (pronto, chamem-lhe charme)

«Charm is a way of getting the answer yes without asking a clear question».

Albert Camus

Sempre me assumi como instintiva. Comecei a ter esta ideia de mim própria bem cedo. No dia em que o Lord, pastor alemão do vizinho da frente me mordeu e eu deixei-me ficar ali a olhar para ele com o braço aberto, estruturei em mim a ideia de que comunicava com os animais. Mais tarde, aos 6 anos, nas carteiras do colégio, quando falava inglês sem perceber como porque ninguém me tinha ensinado. Quando resolvia equações matemáticas sem saber como, só por instinto.

Ora, ser-se instintiva e impulsiva são coisas diferentes. Assumo: já fui mais impulsiva, mas continuo a ser instintiva. Faço coisas porque sim, sem conseguir explicar muito bem a razão subjacente.

Com as pessoas também sou assim (realidade profissional à parte). Há pessoas que, como diria a minha querida gui, 'nos entram pela porta da cozinha', revelando-se íntimas e próximas sem um passado que o justifique. E eu deixo. Deixo, instintivamente.

Como já tinha referido a propósito do post 'Da corrosão do carácter', as Pessoas que me rodeiam não têm características comuns, não há padrões nem regularidades, não gosto delas por serem 'boas pessoas' ou particularmente inteligentes. Gosto delas porque sim. Porque há uma espécie de conexão entre as minhas características mais estruturais e implícitas e as características dos outros.

O resto é o meu mau-feitio-científico (Crespo, C., 2005) a carburar. As confabulações, o 'vejo em ti parte de mim' (há também a variante do 'fazes crescer o meu lado b'), a adulteração do processo de colonização na convivência prolongada com o outro (temática sistemática em tertúlias matinais ou ouriguianas), é tudo para entreter. Para isto ganhar algum significado e, convenhamos, alguma piada.

by fiona bacana

Thursday, July 14, 2005

Do Pseudo-íntimo e do Estereotipado

«O pseudo-íntimo caracteriza-se pela manutenção de uma relação de investimento aparente; são sujeitos superficiais e narcisistas, sendo incapazes de compreender as implicações da intimidade em toda a sua extensão e profundidade. O estereotipado não faz qualquer investimento numa relação íntima e as relações existentes são colocadas essencialmente ao serviço dos seus próprios interesses.»

in Costa, M.E. A intimidade à procura de um psicoterapeuta. Cadernos de Consulta Psicológica, 12, 1996, 5-11.

Isto é: da próxima vez que estiverem num qualquer bar, numa qualquer esplanada, restaurante e até, meu deus a loucura!, num qualquer shopping, olhem para os casalinhos. E percebam que nem tudo o que parece, é. Os 'casamentos' ao melhor estilo feudal foram aparentemente arrumados com a onda do queima-soutien, mas continuam aí. Não é propriamente conveniência económica. É conveniência social e profissional. É conveniência pessoal. É chato dizer: não tenho namorada o que, em linguagem estereotipadamente masculina, quer dizer qualquer coisa como 'sempre que saio à noite tenho de trabalhar para facturar e se não der tenho de pagar a umas mocinhas para fazer o trabalho'. Então tem-se namorada(o), mas não é necessariamente um namoro.

Sim, já sei, há muita gente agora a pensar: então é porque não gosta (aliás, não vamos ter medo das palavras), não ama essa pessoa.

Para os pseudo-íntimos e estereotipados, amor é algo de profundamente ameaçador, desestruturante, sinónimo de falta de controlo. Um risco incomportável!Para eles (e elas, que as expressões são masculinas só porque são genéricas!!!), isto chega perfeitamente. Num balanço cognitivo do género 'prós e contras', não compensa. Chega-lhes projectar uma imagem e sentirem-se apreciados por esse holograma.

Há tanta e tanta e tanta gente com medo de se mostrar como realmente é, mesmo (ou até sobretudo!) para o namorado(a). Por mim óptimo, enquanto houver tanta e tanta gente assim, mais trabalho e consulta para os psicólogos, psiquiatras e afins. Mais dinheiro para a minha carteira.

by fiona bacana

Wednesday, July 13, 2005

Défices

Um dos meus défices: assumo-me incompetente para apagar sms. Mesmo com o advento dos arquivos de mensagens e os folders, o meu telemóvel está tão lento que até a dar o toque de mensagem acaba por demorar uns 2 ou 3 segundos, num piiiiiiiiiiiiiiii-piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii-piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii que é agonizante. Pensei então, no meu telemóvel como um tamagochi e achei por bem, da próxima vez que estivesse à espera num consultório deste país, dedicar-me a esse exercício de higiene electrónica chamada 'limpeza de sms'.

O primeiro passo é fácil, apagam-se as mensagens das pessoas assim-assim e as de trabalho. Depois apagam-se as mensagens instrumentais do género 'já cheguei, ond tás' (ui, quem ler isto pensa que sou atrasada crónica). O visor, no seu canto superior direito diz '49'. Isto é, a minha inbox tem 49 mensagens em 60 possíveis.

Começo a ler as sms. Gosto particularmente das sms às '8 da manhã'. Batman: «kalipso não sei o quê» (em grego). Ou, uma do K. : «por fora estou como Tom Waits!». Entre outras evidentemente revestidas de tinta cor de rosa, daquelas que se lêm e relêm, sobretudo quando precisamos de um alento qualquer que nem sequer é muito explicável.

Cheguei então à conclusão que:
- apago mais facilmente sms de pessoas que estão já há muito tempo na minha vida, como se tivesse a certeza de que outras sms virão (burrice, porque já se sabe que a última vez que vemos alguém pode ser sempre a última vez);
- há sms cujo conteúdo explícito não é assinalável, talvez prene de corriqueirismo (isto existe?!), mas a pessoa que a manda torna tudo extraordinário (a tal história da leitura de epopeias em acontecimentos simples);
- há sms de pessoas que apenas agora se cruzaram comigo, mas que guardo só para não me esquecer do que, volta e meia, faço na vida das pessoas.

Tentei recordar-me, então, da última vez que fiz uma limpeza radical de sms. Foi em 2003...quando me roubaram o telemóvel!!!

Manifesto então, perante vós, neste canto obscuro da net, o meu défice: não consigo limpar o meu telemóvel.

by fiona bacana

Für Mimi

Aviso: muito gostaria eu de ser assertiva neste caso. Mas quanto mais sei, menos o consigo ser.

E, juro, gostava de o poder embrulhar e deixá-lo embaladinho à tua porta. Só para que o pudesses desembrulhar e...cuspir-lhe na cara.

Violento, agressivo, odiento? Não é comparável ao que fez eclodir na tua vida.

Nada serve de consolo a não ser esperar pelo dia em que consigas transformar-te em toda esta dor.

by fiona bacana

David Fonseca - 'Someone That Cannot Love'

You locked up your heart
You wake up with tears and stars in your eyes
You gave it all to someone that
Cannot love you back

Your days are packed
With wishes and hopes for the love that you've got
You waste it all to someone that
Cannot love you back - someone that cannot love

Love, ain't this enough?
You push yourself down
You try to take confort in words
But words
They cannot love
Don't waste them like that
Because they'll bruise you more...

You secretly made
Castles of sand that you hide in the shade
But you cannot hold the tides that break them
And you build them all over again

You talk all these words
You make conversations that cannot be heard
How long until you notice that
No one is answering back?

Someone that cannot love...

Love, ain't this enough?
Pushing around
You try to take comfort in words
But words, well they cannot love
Don't waste them like that
Because they'll bruise you more.

Tuesday, July 12, 2005

Poema do dia

Para compreender samambaias

«Para compreender samambaias
E pregos
Raciocinar semelhanças
Desbotar empecilhos e respirações
Naufragar ocos e gentilezas
E inutilidades
Orgulhar alçapões de papel
Lustrar lágrimas de árvores
Condenar pequenezas
E imensidões
Lamber deuses de açúcar
Rastejar esperanças
Abraçar sóis e muros
Alcançar destinos
Ou iniciar trajetos
Ribombo de sistros
E depois se calar
Feito sopro de beija-flor»

Whisner Fraga, poeta brasileiro

by fiona bacana

Serviço Público

Frango com Ginseng

Ingredientes:
1 frango3 colheres (sopa) de molho de soja
1 cebola
1 cenoura
100 g de bambu
20 g de flores de lírios
1/2 copo de água
1/2 copo de farinha maisena
1/2 colher (chá) de açúcar
1/2 colher (chá) de sal
2 colhres (chá) de alho picado
2 colheres (chá) de gengibre
1 raiz de ginseng
Sal e pimenta q.b.

Preparação: Lave e corte o frango em pedaços. Tempere-o com duas colheres de sopa de soja, sal e pimenta. Deixe marinar durante 20 minutos.Entretanto, corte a cebola, a cenoura e o bambu em fatias; lave as flores de lírio e reserve.Numa tigela, à parte, misture a água com a farinha, o açúcar, o sal e o restante molho de soja. Reserve.Aqueça um pouco de óleo e frite o alho e o gengibre, em lume brando e mexendo sempre. Junte os legumes e as flores de lírios e frite por mais 2 minutos. Aumente o lume, acrescente o frango e frite durante mais 3 minutos, sem parar de mexer. Baixe o lume, regue com um pouco de água e deixe cozer durante 20 minutos. Em seguida, junte o preparado da farinha e mexa até engrossar. Deixe apurar durante cerca de 1 minuto.Retire e sirva acompanhado de arroz.

by fiona bacana : )

Monday, July 11, 2005

No fundo, uma questão de confiança básica

«Believing means liberating the indestructible element in oneself, or, more accurately, being indestructible, or, more accurately, being»

Franz Kafka in 'Diaries'

(Imagem: Praga, perto de uma das casas habitadas por Franz Kafka).

by fiona bacana

Friday, July 08, 2005

Londres, 8 de Julho, 2005

London, 1802

«Thou shouldst be living at this hour:
England hath need of thee: she is a fen
Of stagnant waters: altar, sword, and pen,
Fireside, the heroic wealth of hall and bower,
Have forfeited their ancient English dower
Of inward happiness. We are selfish men;
Oh raise us up, return to us again;
And give us manners, virtue, freedom, power.
Thy soul was like a Star, and dwelt apart;
Thou hadst a voice whose sound was like the sea:
Pure as the naked heavens, majestic, free,
So didst thou travel on life's common way,
In cheerful godliness; and yet thy heart
The lowliest duties on herself did lay.»

William Wordsworth
poeta inglês, 1770-1850

Não quero enveredar pelo discurso que já inundou este país. Não quero falar do extremismo islâmico, temo que me saia algo de subliminarmente xenófobo pela boca fora. Não quero falar das culpas, ou responsabilidades, ou justificações que um acto destes pode contemplar - porque nada justifica a matança de inocentes, seja em NY, Londres, Madrid, Nairobi, Bagdad ou Kirkut.

Não quero falar do Mr. Blair, porque, apesar de tudo, é diferente do Mr. Bush.

Isso virá mais tarde.

Quem me conhece sabe que tenho uma sensação quase inexplicável de 'casa' no Reino Unido. Sei que muitos vêm nos britânicos (diferentes, portanto, dos ingleses) um povo imperialista (que o é), ciente da sua posição no mundo (porque a têm), às vezes de uma falta de conhecimento atroz do plano geográfico do mundo (porque é, genericamente, verdade). Tudo isso.

Porém, ontem, tornou-se claro porque são diferentes.

Porque os media fizeram um pacto com o Estado no sentido de poupar o país de imagens que em nada ajudarão a esta situação dramática (que me lembre, em Portugal, a única situação semelhante foi quando a Sporttv se recusou a difundir as imagens aproximadas de Miklos Feher a sucumbir no relvado do Municipal de Guimarães).

Porque aquela gente, atordoada e chocada, foi de um civismo incrível. E porque, ainda atordoada e chocada, diziam já que a única forma de ultrapassar o medo era a esperança. E regressar à sua vida normal. Gente que se recusou a ficar em casa ontem à noite, foram para um bar beber a sua pint habitual.

Porque, sabendo o Primeiro Ministro que têm, sabendo da sua larga responsabilidade na invasão do Iraque, sabiam também que era inevitável. E a forma como o afirmavam, com uma tranquilidade consternada e resignada, é também uma lição.

by fiona bacana

Thursday, July 07, 2005

Always me, always us, always london



by fiona bacana

All of my thoughts are with you

Hope you're all ok - Contact me as soon as you can. Tried to reach your cell phones, but they don't work!

Wednesday, July 06, 2005

Give psychology away

Vejam o site, cumpram as instruções e deliciem-se com os resultados...

http://www.yourpersonality.net/affect/

Trata-se de um projecto de investigadores, no domínio da Psicologia, com credibilidade...

Quem quiser partilhar resultados, go ahead!

by fiona bacana

Tuesday, July 05, 2005

E será que deixámos de ser adolescentes?

«A adolescência é a idade de contínuo morrer e renascer para o outro, do contínuo experimentar as fronteiras do possível, apresentando-nos, assim, rápidos enamoramentos, um incessante unir e separar, num suceder de revelações e de desilusões.»

Francesco Alberoni

by fiona bacana

Monday, July 04, 2005

Frase do dia (ou 'Mal tu sabes...')

«Nobody realizes that some people expend tremendous energy merely to be normal.»
Albert Camus

by fiona bacana

Friday, July 01, 2005

Do tempo em que ainda se recebiam cartas

«Talvez te encontres nele, talvez o ames por dentro, talvez o ames todo, mas talvez ele traga consigo uma história e um fardo que não podes ignorar. »

by fiona bacana