Comemora-se, hoje, o nascimento de Jean Paul Sartre.
Para quem não sabe, Sartre recusou o Prémio Nobel da Literatura por recusar o reconhecimento da sociedade que espancou em cada palavra de cada livro.
Mas não é sobre a política, a filosofia e os ensaios de Sartre que hoje, vos falo.
É sobre a prova que JP Sarte e Simone de Beauvoir deixam sobre o amor romântico:
«As 400 páginas de entrevistas, além de deixarem "ouvir a voz viva" de Sartre, como visa a autora, tornam-nos testemunhas do que terá sido o diálogo, de viva voz e em centenas de cartas, mantido durante meio século de aliança antimatrimonial e intelectual, por este magnífico par de cúmplices que se deu em exemplo de relação aberta, ideal para duas ou três gerações ocidentais, à parte redutos falocráticos como a Ibéria (depois veio a sida impor recuos comportamentais escudados em moralismo).
(...)
Cedo também se lhe revelou incompatível com a monogamia do modelo dominante, estabelecendo ambos um pacto de inteligência, solidariedade e liberdade, de "fidelidade relativa", incluindo experiência amorosa individual de "amores contingentes", paralelos ao seu "amor necessário", que deu para partilhar ideias, gostos, causas, projectos, viagens, amigos, amantes.
(...)
Embora autora da pedra angular do feminismo moderno que foi O Segundo Sexo e duma obra que, na ficção, o Goncourt premiou (Os Mandarins, 1954), a escritora reputaria a vida com Sartre como a sua "obra mais conseguida". »
in Diário de Notícias
'Amor necessário' e 'amores contingentes'. Certo. I'll keep that in mind.
by fiona bacana
Tuesday, June 21, 2005
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