Pela distimia estrutural da sua escrita. Não pela estética, mas pelo estilo profundamente crú, contundente, como descreve, espartilha e decompõe a emocionalidade decadente. Todos os livros dele são, assumidamente, auto-biográficos.
O meu preferido: 'Viver todos os dias cansa'. Pela época em que o li (deixei passar 3 combóios só para continuar a ler na estação da Av. da França), pela novidade que o estilo trazia na altura.
Para conhecer melhor em http://www.acapital.pt/
É uma entrevista de quem não gosta da vida. Pedro Paixão, autor de A Noiva Judia, Viver Todos os Dias Cansa e Ladrão de Fogo, confessa a A Capital que viajou até Moscovo à procura de uma mulher que vira em Jerusalém. Não a encontrou, mas, em compensação, viu belas russas. Nunca votou, não tem telemóvel nem televisão, e nega ter-se convertido ao judaísmo, muito embora as suas duas primeiras mulheres fossem judias. Tem 49 anos, é professor de Filosofia, vive há 20 em Santo António do Estoril e é um homem que não acredita na esperança. Diz ele: «Há muito desespero no que escrevi.» Mais: «Eu sou um ferido de morte.» Reconhece: «A minha infância foi triste.» E conclui: «Não sei amar. Talvez seja essa a minha tragédia.»
by fiona bacana
Sunday, June 05, 2005
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2 comments:
e eu que te chamei Ana Paixão... e a tua tragédia, qual é?
a minha tragédia...para além de viver no país errado...é n conseguir olhar nos olhos, mesmo quando faço da confiança condição sine qua non. I think that quite sums it up, it's self explanatory.
And yours?
ana paixão
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