Wednesday, June 29, 2005

For PLO, with luv (Da Educação Sexual nas escolas)

A Conferência Episcopal veio a terreiro insurgir-se contra o novo programa de Educação Sexual nas escolas, afirmando que "decorre para a família o direito de cooperar no planeamento da educação da sexualidade, contribuir para a definição de objectivos e selecção de estratégias, acompanhar o processo de tomadas de decisão, incluindo a selecção e a formação dos professores".

(e, pergunto eu, que selecção de estratégias? A estratégia 'eu digo à minha mãe que vou dormir a casa da joana'? E, pergunto eu, que critérios na selecção e formação dos professores? Se são católicos ou não? Praticantes ou não? Se têm uma vida sexual à base de 'missionário'? Se tomam a pílula ou não?)

Para António Avelãs, da Fenprof, a tomada de posição da CE corresponde a uma atitude de "meter a cabeça na areia. Essa mesma lógica de entender que a educação sexual é do campo exclusivo dos pais - quando eles muitas vezes não se sentem preparados para isso - resulta em que Portugal tenha uma das maiores taxas de gravidez e de abortos na adolescência", acusou. "À escola não compete substituir os pais, mas também não compete alienar-se dos problemas", frisou.

Depois de, nos últimos tempos, terem feito o papel dos maus da fita, a FENPROF toma uma atitude contrária a uma das instituições mais poderosas em Portugal. É de gabar a coragem! Não quer dizer que considere que os pais sejam alheios ao processo, mas se há de facto pais que têm a capacidade de educar sexualmente/para os afectos os seus filhos (direito e dever!), também há crianças e adolescentes que, se não for a escola, ficam à mercê da ignorância e mutismo social que grassam pelo país fora....com as consequências que se sabem...

by fiona bacana

1 comment:

Anonymous said...

Preferia mil vezes aquela ideia de irmos ajudar nos tribunais para acelerar os processos :)

* PLO *